Onde ando. 1 blog criado para partilhar experiências de viagens.

02 October 2005

Excurção do Salar do Uyuni

Este é para mim, o ponto alto da Bolívia. Em Uyuni o que não falta são agências de viagens que fazem este passeio, são mais de 80, sendo as conhecidas a Cordillera e a Colque Tours, que fazem o passeio a cerca de 900bls (93,5€). Em tom de brincadeira, o nosso guia disse que havia mais agências que turistas. Nós, após uma longa visita às muitas agências e sacarmos informações às pessoas que acabavam de chegar desses passeios, decidimo-nos pela xxxx que ficava mais em conta, 650 bls (67,5€) e apresentava-se como sendo a única que incluía condutor/guia + cozinheira. A viagem começou cedo, logo pelas 7 da manhã, e a 1ª paragem foi o cemitério dos comboios, logo à saída de Uyuni.






Almoçámos numa casa numa povoação algures para lá, onde os miúdos mal nos viram começaram logo a brincar connosco, e só nos largaram quando fomos para a mesa.


Seguiu-se o Vale de las Rocas

O dia acabou cedo, numa outra povoação onde jantámos e pernoitámos, numa cabana com electricidade apenas das 19h até as 21h.

No 2º dia visitámos

Uyuni

A cidade em si não tem praticamente nada para ver, no entanto, é o mais importante ponto de partida para o salar do Uyuni. Em tempos já foi um importante centro ferroviário.
Para Dormir:
H.I.: é Horrível, ficámos num quarto sem aquecimento, numa cidade tão fria.

Potosi - Uyuni


30bls (3,12€) nas 6h mais maçudas de viagem até agora, sem qualquer vestígio de alcatrão.

Potosi

É a mais alta cidade do mundo a par de Lassa no Tibete, a 4070m do nível do mar. Já foi das cidades mais importantes do mundo e maior que Londres, quando pertencia ao império espanhol, pois daqui provinha a maior parte da prata retirada do novo mundo. A cidade a meu ver não é muito bonita, mas é lá que se encontra um dos principais museus do país que, infelizmente não pudemos visitar uma vez que encerra às 12h de Domingo, e mantém-se fechado na Segunda-Feira, que foi o nosso tempinho por lá. Outra das maiores atracções da cidade é a visita às minas, onde vários homens continuam à procura de prata que já não existe, na esperança de achar algo que os tire da imensa miséria que vivem. Também não visitámos as minas, pois as várias agências de viagens que existem, só fazem excursões com início até às 13h. Também não fomos tomar banho nas águas termais, porque não nos apeteceu apanhar um táxi, e as igrejas também se encontravam fechadas. Assim ficámos apenas a curtir a cidade que não tem muito para encher o olho.

Sucre - Potosi

15bls (1.56€) na Emperor, que tinha o melhor autocarro do terminal, ainda que isso não queira dizer muito, mas é preciso ter sorte, pois pelo que deu para observar, o resto da sua frota é igual às outras...ruim.
Há praticamente autocarros de hora a hora neste percurso. Nós partimos às 11h e chegámos às 14h a Potosi

14 July 2005

Sucre

Ficámos no HI de Sucre que fica perto da estação de camionagem. A estadia é a 20bs por noite, mais 10bs para o pequeno almoço, tem internet mas é muito lenta.

Sucre foi fundada em 1538 com o nome de La Plata pelos espanhóis, fica a 2790m a cima do nível do mar e já foi a capital do país. Esse estatuto mudou-se para La Paz, no entanto contínua a ter o poder judicial. A arquitectura de Sucre é uma tentativa copiar um pouco Paris, pois as gerações ricas anteriores olhavam os parisienses como o que de mais elegante existia na altura. É uma cidade bem mais limpa que Sta. Cruz e bonita. Tem um belo parque, o parque Boulivar, com imitações do Arco do Triunfo e uma ´coisa´ em ferro a tentar imitar a Torre Eifel.
Na praça central, tem o excelente museu Casa da Liberdade, com visitas guiadas em espanhol e inglês (mto precisas, caso contrário n se percebe pão), que nos dá uma boa noção do problema governativo deste país e claro, da história da independência deste país.
Subimos também até ao miradouro da Recoleta, onde se tem uma vista magnífica da cidade, e onde foi assassinado o 1presidente boliviano, com apenas 8 dias de mandato.

Comer:
É fácil comer barato em Sucre, como também foi fácil eu apanhar uma infecção intestinal, com o menu de 9bls cujo restaurante não me lembro o nome. Recomendo por isso a comerem só em restaurantes para gringos, que foi o que passámos a fazer.

Sítios decentes para comer:
Tertulias - Atendimento brasileiro com 3 menús por 20bls na praça central.

Pizzaria Napolitana - Menu a 20bls

La Vieja Bodega - uma taberna rústica, com música dos Andes ao vivo aos Sábados à noite. Boas pizzas, mas o prato especial é o fondue.

Bar Joy Ride Café - com 3 ambientes: taberna, esplanada e lounge mto agradável com pufs.

Emergências:
O único hospital privado em Sucre é o Hospital Sta. Bárbara, junto ao Pq. Bolivar, onde não há filas de espera, nem senhas de entrada, o 1 a entrar no consultório do médico é atendido, fui por isso passado à frente por 3 pessoas, e quase tive de pregar uma rasteira a uma velha para esta tb não me passar à frente. Fiquei a soro durante 2 horas, e tive de pagar por tudo e mais alguma coisa: consulta, seringa, soro, papel do soro... mais um pouco e tinhas de pagar o niquinho de algodão e a gota de alcool com que me desinfectaram o pulso. Apesar de tudo, saiu barato, plo menos para o nosso bolso .

13 July 2005

Sta Cruz - Sucre




O preço foi de cerca de 120bls, mas pelo que parece, o bilhete encarece com o aproximar do tempo, pelo menos no dia anterior estavam a vendê-los por 90blvs. Os autocarros aqui parecem ser 4x4, pois a maioria das estradas não é alcatroada. Ao que parece, os pobres dos 2s motoristas dormem encaixados nas mala, nos confins do autocarro...





saímos às 16h30, e sem termos 2h de viagem, ficámos avariados cerca de 2h numa povoação à saída de Sta. Cruz... De resto a viagem correu bem.

12 July 2005

Sta Cruz (Bolívia)


Pouco há a dizer desta cidade grande e feia da bolívia, apenas a praça central cheira a algo de giro. Apesar de ser a cidade mais rica da Bolívia é de uma desorganização extrema. As ruas cheiram mal, e na estrada quem tem prioridade é o mais pesado, por isso andar na rua é qualquer coisa parecida com o antigo jogo de pc frog. Tem vários mercados de artesanato, onde se podem arranjar coisas porreiras a preços excelentes. Fomos ao museu de etnografia da Bolivia de entrada livre, onde descobri que a cristianização da Bolivia tem uma história um tanto semelhante com o filme "the village".
Subimos à torre da catedral, na praça central por 2 blvs, mas sinceramente n tem nada de especial para ver.

Comer:
Comemos num dos mercados uma refeição completa por pouco mais de 7blvs (0.7€), mas a higiene é um assunto desconhecido por aqui.

No centro rodoviário, comemos cachorros por 1blvs(0.1€) e um hamburguer por 3blvs(0.3€) incrível hein...

10 July 2005

Corumbá - Sta Cruz

Antes que alguém se esquecesse, fomos até à estação rodoviária carimbar o papel de emigração, pois apesar de ser um tanto ou quanto estúpido, se estivermos no fronteira prestes a saír do país sem este papelinho carimbado, simplesmente temos de dar meia volta para o carimbar, sem que haja qualquer aviso disso... ainda bem que tínhamos o lonelyplanet para nos informar.
Na entrada da Bolívia há que pedir o tal papel de emigração, pois ao que parece, estes também não dizem nada ao turista, para quando tivermos a sair do país, apanharmos uma multa por não termos o papel que ninguém disse que era preciso ter. A multa é de cerca de 6€, felizmente o nosso amigo Luiz brasileiro já tinha caído nessa rasteira, pelo que nos passou a informação. Até à estação em Quijarro foi preciso mais um táxi mas não é caro. O comboio era o expresso do oriente (Super Pulman) que é o comboio da elite, o pior pelo que dizem tem cadeiras de pau... A viagem iniciou-se por volta das 16h, e terminou confortavelmente por volta das 22h, cerca de 18h para fazer pouco mais de 500Km...

Preço: custou-nos (...)

Na fronteira pode trocar-se euros por bolivianos, mas é um erro pois aqui fazem o câmbio a 0.8blvs, enquanto que em Sta.Cruz fazem a 9.375blvs.

3 dias no meio do Pantanal

Comprámos esta viagem no hostel de Corumbá por 270R muito bem gastos, entre muitas coisas, pescámos piranhas no rio Paraguay, fizemos passeios no meio do pantanal de modo a vermos a bicharada, nadámos com jacarés e andámos em cavalitos.
A dormida foi numa tenda grande com redes, que são bem mais boas para ver do k para dormir. A comida foi razoavelmente boa, tendo em atenção que estamos no meio do mato.
O nosso guia, foi o Ronaldo, mais conhecido por Ronni Anaconda. É o personagem do pedaço, super bem disposto, fala português, inglês e hebraico, só de os aturar, e tem a experiência de vida na ponta da língua.
O pior foi a volta, gerou-se uma confusão para saber como voltar para Corumbá, supostamente seria o Indy a ir buscar-nos a meio do caminho, no porto da Manga, mas ao que parece ninguém avisou o bacano, apesar de nós chatearmos bué o pessoal do camping para o avisar, e eles sempre a dizer que estava tudo tratado, "fique numa boa"... Mto resumidamente foi algo assim: até um cruzamento no meio do pantanal, fomos no ônibus do acampamento, até ao porto da manga, apanhámos boleia dum bacano que ia pa lá. No porto da Manga onde devia estar o Indy, ficámos umas 3 horas para saber que ninguém nos vinha buscar, porque não tinham avisado o Indy, e o carro dele estava na oficina, tivemos que atravessar o rio Paraguay à boleia num barco de um pescador. Para Corumbá, apanhámos boleia dum bacano que veio buscar outros 2 brasucas, mas o carro não andou 1 metro e avariou-se. Apanhámos por fim boleia duma carrinha que finalmente nos levou a Corumbá...

08 July 2005

Corumbá


Fundaçãoo: 21/09/1778
Area: 64.712Km2
População:90.000habitantes
Clima: Tropical Húmido
Periodo de Chuvas: Dezembro a Março

O hostel onde pernoitámos pertence a Hostelling International e foi remodelado recentemente, tem piscina, net e quartos mistos de 6 pessoas. ficou a 23 Reais por pessoa com um bom pequeno-almoço.

Ao que parece há um outro hostel mais barato e com melhores condições, segundo uns tugas que encontrámos, o Greentreck.

A cidade de Corumbá é muito pequena, não tem quase nada para ver, mas foi daqui que partimos numa viagem por dentro do pantanal. Uma das partes mais bonitas da cidade é o passeio das palmeiras, com vista para o rio Paraguai.

Onde Comemos:
Churrascaria Gaúcho - Rodízio de pizzas 10 Reais(+-3e)

07 July 2005

São Paulo -> Corumbá

Companhia: Andorinha
preço: 162 reais
Hora: 16h
Terminal Rodoviário da Barra Funda (tem ligação com o metro)

A viagem começou logo com 40 min de atraso, no pior ônibus do terminal.
A bagagem foi lá em baixo, junto cas couves e com as batatas, e nós com as "cholas".
Para entrar foi um sacrifício, pois o cheiro ficava muito longe dum chanel nº5, e apresentava-se bastante porco, no entanto, com bancos mais confortáveis que muitos autocarros de longo curso que se apanha em terras lusas.
Numa das muitas paragens que o autocarro fez em estações de serviço, este deu sinais de não estar com disposição para as curvas, teve o motorista de ir dar-lhe umas marteladas com um martelo de madeira no motor.
Algures no estado de S.Paulo, como quem vai para Corumbá, o autocarro gripou mesmo durante quase 2 horas.
Chegámos a Corumbá por volta das 15h, quase 24h depois de termos saído de S.Paulo.

05 July 2005

O rio Tietê


É um dos rios mais poluídos do Brasil, e o mais poluído que alguma vez vimos.
O rio ficou neste estado, quando um governador de S. Paulo há muito tempo atrás, decidiu escoar todos os esgotos da cidade directamente para o rio, em vez de apostar no seu tratamento que era mais caro. A imensa espuma que se observa no rio, deve-se à inexistência de oxigénio na água, no entanto, há um peixe que sobrevive aqui, é o ..., que tem de vir à superficie para respirar.
Se tiverem em atenção que S.Paulo tem mais habitantes que Portugal, e que é a cidade mais industrializada do país, conseguem ter uma ideia do problema.

Visita de Estudo

No 2º dia fomos numa visita de estudo com o amigo Luiz, que é professor de Geografia. Toda a visita desenrolou-se ao longo do rio Tietê, o rio mais poluído que até agora presenciamos. Aqui tivemos algumas noções do desenvolvimento e problemas de São Paulo. Começámos por visitar a cidade histórica Santana da Parnaíba, por onde passavam muitos bandeirantes.
De seguida fomos a uma gruta, onde observámos a erosão que o desmatamento da Mata Atlântica provoca no solo.

O almoco foi sevido em Itu, que segundo um actor daquela região, lá, tudo é grande.

Mais adiante fomos ao parque natural do Virvito e ao parque do Montoné, onde observámos a formação rochosa do local, local esse onde há muito tempo atrás, um dia esteve colado a África, Separados depois devido ao degelo do Glaciar Atlântico, que cortou os 2 continentes, e originou o Oceano Atlântico.

A Visita terminou em Porto Feliz, porto de onde partiam os Bandeirantes em canoas ao longo dos rios, de modo a descobrirem e povoarem o interior do Brasil.

ps: um abraço ao amigo Luiz, por um dia em grande.

04 July 2005

São Paulo (1ª Parte)/Brasil - dias 1,2,3e4

São Paulo, ou Sampa, que é o termo carinhoso adoptado pelos Paulistas, é a maior cidade da América do Sul, com quase 20milhões de habitantes, mais 20milhões se contarmos com a grande São Paulo. Segundo a Sara, é a Londres cá do sítio. No primeiro dia fomos dar uma volta ao Bairro Japonês, à saída da estação da Liberdade. É como que do Brasil tivesse entrado por momentos na Ásia.



Do bairro Japonês à Sé é um instantinho. Lá deparámos-nos com alguma realidade dos paulistas. Aqui há homens a vender de tudo: crenças, medicina (mais que) alternativa, radiografias, etc, Qualquer coisa se vende por lá.


Aqui fica o edifício Banespa, uma réplica mais pequena do Empire State Building, um dos maiores edifícios de SP. A entrada é gratuita.


A sé é uma igreja recentemente remodelada.

Mais abaixo ficava o rio Anhangabaú, ficava porque agora passa apenas por condutas, dando lugar a uma praça.

Tentámos ir ao teatro Municipal, o 2º maior teatro de ópera do Brasil ( o maior é o teatro municipal do Rio de Janeiro), mas, uma vez que é Segunda-Feira batemos com o nariz na porta.



à Avenida Paulista, é o centro financeiro do país, já para n dizer que, São Paulo é o centro financeiro do Brasil.

Seguimos até à estação da Luz, uma estação de comboios centenária, e junto a ela, fica a Pinacoteca, que também estava fechada.

Visitámos também o parque Ibirapuera, um enorme parque no meio da cidade de S.Paulo. (o maior de Sampa). Pode-se alugar uma bicicleta a 4reais a hora. Uma curiosidade do parque, é ter a visita assídua da famosa Daniela Cicarelli, que costuma ir lá dar uma corridinha. O parque encerra por volta das 22h.

Junto ao Ibirapuera fica o MAM( Museu de Arte Moderna), onde vimos a obra "Motion Pictures" de Andy Warhol. A entrada é de 2.75 reais com o ISIC.

O museu do Ipiranga fica a cerca de 20 reais de distância de taxi, da Av.Paulista. É um excelente museu, onde estão vários mapas e instrumentos da época dos descobrimentos, e pinturas relativas à história do Brasil e de S.Paulo.

Comida:

Em São Paulo é-se Paulistano, e os Paulistanos adoram comer pizzas. Aqui pode-se optar por catupiri ao em vez de queijo. Muito gostoso. Nao é difícil comer bem, bom e barato na cidade de São Paulo, pode-se mesmo arranjar hot dog's a menos de 1euro, mas esses nós não experimentámos.

03 July 2005

Lisboa -> São Paulo

Comprámos o bilhete através das promoções da Varig por 670€, mas reparámos que agora estavam a 570€...
O vôo estava marcado para as 13h, plo que tivemos de ir para o aeroporto às 11h (devemos estar 2h antes do vôo para fazer o check in para vôos internacionais).
Como era de esperar, o vôo atrasou cerca de 30 min. O avião (Boeing 777) apesar de confortável não se apresentava nas melhores condições. As cadeiras estavam um tanto partidas, e o sistema de som não funcionava.

À chegada a São Paulo tínhamos 2 amigos brasileiros (Ricardo e Kelly) que nos arranjaram boleia até à cidade (-cerca de 10€) e uma casa só para nós, no mesmo prédio deles.

01 July 2005

Preparação para a viagem

Começámos por ir à consulta do viajante, no Instituto de Medicina Tropical, ao lado do Hospital Egas Moniz. Convém marcar com cerca de 1 mês de antecedência, pois a consulta do viajante não se arranja facilmente. Aqui tivémos noções dos vários perigos que vamos correr nesta próxima viagem, entre elas doenças como a dengue, malária e febre amarela, o perigo do efeito da altitude, e quais as zonas em que estaremos em maior risco durante a viagem. Para esta viagem, tive de tomar a vacina da Hepatite A (em qualquer centro de saúde), febre amarela e da tifóide (Centro Internacional de Vacinação, onde perdi 3 horas só para tomar estas 2 vacinas). Também nos receitaram comprimidos diários para a malária, o que quer dizer que não vou poder beber (muito), mas também há comprimidos semanais.
Tivemos também de fazer análises ao sangue para saber se ainda estávamos imunes à hepatite B.

Consulta do viajante (25€)
Instituto de Medicina Tropical :
LISBOA - ALCÂNTARA
Rua Junqueira 96 Lisboa1349-008 LISBOA
Tel: 213 625 600

Centro Internacional de Vacinação:
Aberto das 9h as 12h.
Av. 24 de Julho, nº120 - 4º piso
tel: 213 959 944